As tensões globais causadas pela guerra entre a Rússia e a Ucrânia estão causando turbulência nos céus europeus. Com o espaço aéreo russo fechado para empresas em outros 36 países, as companhias aéreas foram forçadas a desviar ou cancelar voos, tornando as viagens mais caras e mais longas.
Aumento das restrições de tráfego às sanções econômicas impostas ao Kremlin como resultado do conflito. Como resultado, menos de 18 dias após o início da ofensiva da Rússia contra Kiev, as empresas de viagens de todo o mundo já estão sentindo os efeitos da guerra.

A Rússia não é o principal destino da lista de turistas brasileiros, nem é um dos países que mais enviam turistas ao Brasil. No entanto, um conflito militar dessa escala geopolítica pode afetar o itinerário de qualquer turista, inclusive na América do Sul.

Antes de se aprofundar no impacto econômico, a pesquisadora de turismo e sustentabilidade Jaqueline Gil destaca um impacto que começa a ser sentido a curto prazo: medo de viajar. A especialista em turismo bielorrusso Anastasiya Golets avaliou a situação em uma entrevista ao Metrópoles. “O clima nos aeroportos da União Europeia, Ásia e Américas não é estável. Qualquer destino que precise ir para a Rússia ou fazer escala no país, como a China, terá muitas dificuldades”, observou. Por exemplo, voos que ligam Moscou e Istambul, na Turquia, custam quase 50% mais do que o normal devido a desvios para evitar o espaço aéreo ucraniano e áreas restritas. Isso resulta em maior consumo de combustível e menor eficiência no uso da aeronave e da tripulação. Brasil, não há rotas diretas para a Rússia, sejam diretas ou escalas. As informações são da Administração Nacional de Aviação Civil (Anac). Apesar da guerra no Leste Europeu, as três maiores empresas do país – Latam, Gol e Azul – continuam operando normalmente. No entanto, o setor avalia que as mudanças nos preços dos combustíveis, podendo assim encarecer o preço das passagens.

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